Resumo:
Este artigo destina-se ao esclarecimento de forma clara e objectiva da endocrinologia do sistema reprodutor masculino e feminino de forma a que possamos entender o processo de formação dos gémeos monozigóticos bem como o motivo que os leva a serem seres únicos ainda que gémeos.
Este estudo tem como objectivo explicar as diferenças fenotípicas que ocorrem entre os gémeos enfatizando os monozigóticos que mesmo genéticamente iguais, ou seja, mesmo pré-determinados genéticamente a obterem estatura, peso e características físicas iguais, entre outros, são estimulados pelo ambiente a serem diferentes.
O Presente artigo alerta também para a importância de pais e educadores inseridos no quotidiano de jovens gémeos respeitarem as fases de desenvolvimento das crianças ou adolescentes sem saltar estas etapas. Caso contrário poderá comprometer o desenvolvimento das crianças.
Introdução:
Na puberdade as características sexuais secundárias são activadas entrando-se assim no estado reprodutivo, sendo assim, as hormonas nos homens têm a função de estimular os testículos e também a maturação dos espermas, contribuindo assim de forma significativa para espermatogénese.
Já nas mulheres a maturação sexual é um pouco diferente dos homens, mas há consigo a presença de hormonas formando assim o ciclo menstrual que colabora de forma positiva para que quando este se inibir, entre o processo de fertilização
Tanto o óvulo da mulher quanto o espermatozóide do homem devem estar íntegros, capacitados e desenvolvidos para que, quando o espermatozóide se fundir ao óvulo, ocorra a fecundação.
Nos gémeos monozigóticos, ao contrário dos gémeos dizigóticos, ao ocorrer fecundação, o ovo sofre uma dissipação de si mesmo formando um ovo igual ao primeiro. Deste modo, nascerão dois seres genéticamente idênticos. O que os irá diferenciar será o fenótipo uma vez que o genótipo só terá influência caso haja repartição desigual do material embrionário. Com isto, a individualidade biológica é a relação entre o genótipo (que são os genes herdados por um indivíduo) e o fenótipo (relação entre o meio-ambiente e o indivíduo) que poderá causar estímulos positivos ou negativos fazendo assim com que o indivíduo aprimore, retarde ou até anule o processo de aprendizagem na sua vida. Então, os gémeos monozigóticos possuem o mesmo material genético e, ainda assim, podemos afirmar que serão diferentes pois o fenótipo que irá agir sobre eles vai diferenciá-los.
O fenótipo é também desenvolvido negativamente quando não respeita as fases de desenvolvimento motor da criança desde o seu nascimento até à fase adulta, evitando assim trabalhar todas as características físicas de diferentes maneiras.
O Genótipo nos Gémeos Monozigóticos:
O genótipo como já dito anteriormente são os genes que o indivíduo herdou consigo, o que lhe proporcionará algumas potencialidades para a vida e no caso de gémeos monozigóticos, Beiguelman (2007) relata que as potencialidades são as mesmas devido ao facto dos genes serem idênticos.
As potencialidades ditas neste estudo estão correlacionadas à capacidade máxima de oxigênio (VO²max), estatura, habilidades motoras, tipos de fibras musculares, entre outras.
Para confirmar que gémeos possuem as mesmas potencialidades, foi concluída uma recente pesquisa de Marques e Rudge (2002) abordando no total 178 recém nascidos gémeos para verificar se houve concordância entre o peso dos 89 pares de crianças. Marques e Rudge (2002) verificaram que dos 89 pares de gémeos, 62 pares representando um total de 69,7% tiveram concordância de pesos. Isto mostra que gémeos monozigóticos podem não possuir diferenças significativas entre si, ou seja, terão as mesmas potencialidades.
Ainda Fernandes e Carvalho (1999), acrescentam e reconhecem que nos dias actuais o ser que nasce sem as características inatas terá dificuldade em conseguir bons resultados, porém se um indivíduo nascer com as características inatas e no entanto o fenótipo não agir de maneira suficiente sobre estas, terá maiores possibilidades de obter melhores resultados, mas dificilmente chegará a excelência.
O Fenótipo nos Gémeos Monozigóticos:
Chediak (2005), diz que a individualidade biológica é a relação entre o genótipo e o fenótipo com o indivíduo, que poderá causar estímulos positivos ou negativos, fazendo com que o indivíduo aprimore, retarde ou até anule o processo de aprendizagem na sua vida. Beiguelman (2007) acrescenta mencionando que os gémeos monozigóticos possuirão a mesma carga genética do outro e com isto podemos relatar que mesmo assim serão seres biologicamente diferentes um do outro, pois o que irá diferenciá-los será o fenótipo, o qual irá agir sobre eles.
De acordo com Rigolin (2006) é necessário respeitar também as fases motoras da criança desde seu nascimento até a fase adulta, que para chegar à fase adulta necessita de passar por várias actividades e exercícios físicos, podendo assim trabalhar todas as vertentes físicas de diferentes maneiras. Por isto deve-se respeitar o desenvolvimento da criança, pois não é um "adulto em miniatura" e por isto não se devem saltar etapas de desenvolvimento, mas caso aconteça estará comprometido o seu desenvolvimento motor seriamente, pois para Tritschler (2003) "a destreza é o nível até o qual a pessoa desenvolveu as suas capacidades inatas".
E com isto, já que os gémeos estão sujeitos ao fenótipo, poderão também ser diferenciados pelos seus desenvolvimentos.
Texto Adaptado.